@MASTERSTHESIS{ 2024:283535394, title = {Investigação dos Efeitos Antivirais do Canabidiol na Infecção pelo Vírus Chikungunya}, year = {2024}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2641", abstract = "A infecção causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), representa uma ameaça emergente e seus insetos vetores, Aedes aegypti e albopictus, estão bem estabelecidos em várias regiões do planeta, desse modo, epidemias da doença são registradas globalmente. Os sintomas típicos causados pela infecção por CHIKV incluem febre, cefaleia, edema nas articulações e prurido, enquanto na fase crônica, o principal sintoma é a artralgia. Até o momento presente, não existem terapias vacinais para infecção por CHIKV, e os tratamentos se concentram unicamente em medidas paliativas. Portanto, a busca por terapias eficazes é crucial para mitigar a propagação do CHIKV e minimizar os seus impactos na saúde pública. Nesse sentido, o canabidiol (CBD), um dos compostos ativos presentes na Cannabis sativa, tem sido amplamente estudado por seu potencial terapêutico em inflamação e em infecções virais. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo investigar e compreender os mecanismos antivirais associados ao CBD na infecção pelo CHIKV. Para tanto, cultura in vitro da linhagem celular Vero foi estabelecida e, posteriormente, foi induzida a infecção por CHIKV utilizando-se de um sistema de vírus reporter que incorpora a proteína fluorescente mCherry no genoma viral (CHIKV-mCherry). Por meio de fluorimetria e microscopia confocal, a expressão de mCherry foi monitorada nas células infectadas. Ainda, a toxicidade do CBD nas células Vero foi avaliada pelo ensaio colorimétrico WST-8, utilizando quatro diferentes concentrações (1, 3, 10 e 30 μM). A concentração de 3 μM de CBD foi utilizada nos experimentos subsequentes. Com o objetivo de avaliar a eficácia antiviral do CBD, seguiu-se então o tratamento das células Vero com CBD e CHIKV, através de quatro grupos experimentais: I. Mock (Não Infectado), II. CHIKV (Vírus), III. CBD + CHIKV (pré-tratamento, feito nos períodos de 24, 12, 8, 6 e 2 horas antes da infecção) e IV. CHIKV + CBD (pós-tratamento, realizado 2 horas após a infecção). Passadas 24 horas após a infecção, a eficácia destes tratamentos foi avaliada. Foi observada uma redução da carga viral e da replicação nas células tratadas com CBD após a infecção com CHIKV, conotado pela menor expressão de mCherry na análise de microscopia confocal. Também houve uma redução dos efeitos citopáticos (conjunto de alterações provocadas pelo vírus nas células infectadas) no grupo tratado com CBD após a infecção, além de uma modulação muito pequena da infecção viral nos grupos pré-infectados. Os resultados apontam a eficácia do CBD na redução da infecção por CHIKV, provavelmente devido às suas propriedades imunomoduladoras. Isto faz do CBD um potencial candidato a ser utilizado no tratamento de infecções por CHIKV.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas}, note = {Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação} }