@MASTERSTHESIS{ 2022:38992135, title = {Ivermectin-induced bacterial gut dysbiosis does not increase susceptibility to Pseudomonas aeruginosa lung infection.}, year = {2022}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/2024", abstract = "A manutenção da microbiota intestinal é essencial para o equilíbrio fisiológico, metabólico e imunitário, além de influenciar no estado saúde-doença. Alguns estudos sugeriram a utilização da ivermectina para o tratamento da Covid-19 e mesmo sendo posteriormente refutada por estudos e rejeitado por agências de controle de medicamentos em todo o mundo, o seu uso permaneceu e foi incentivado por diversos segmentos do governo e saúde. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do uso oral de ivermectina sobre a microbiota bacteriana intestinal e quais são os efeitos desta disbiose frente a pneumonia oportunista causada por Pseudomonas aeruginosa em modelo murino. Para isso, camundongos C57BL/6 foram submetidos ao tratamento consecutivo com PBS ou ivermectina por gavagem. Não houveram diferenças significativas no peso dos animais e da ração consumida durante o período experimental. Porém, observou-se o aumento da umidade e consistência disforme das fezes do grupo tratado com ivermectina. Através de análise metagenômica do DNA total das fezes, foi observada a diminuição dos filos Bacteroidetes, Firmicutes, Proteobacteria e Tenericutes e o aumento do filo Verrucomicrobia nos animais tratados com ivermectina, em comparação ao grupo PBS. Ademais, o conteúdo cecal dos animais tratados com ivermectina apresentou ser mais imunoestimulatório em macrófagos derivados da medula óssea murina pelo aumento de marcação da molécula CD86 na membrana dessas células quando analisados por imunofluorescência, além do aumento na secreção de IL-6 e diminuição de IL-10, quantificado por ELISA. A organização histopatológica cecal dos animais tratados com ivermectina apresentou-se alterado, além do tratamento com ivermectina induzir danos no tecido hepático e aumentar a expressão de citocinas pró e anti-inflamatórias no fígado. Ao serem desafiados com P. aeruginosa, não houve susceptibilidade aumentada à infecção nos animais disbióticos, apresentando semelhança entre os grupos tratados com PBS ou ivermectina e infectados na recuperação de bactérias viáveis no pulmão, fígado, baço e rim, análises histopatológicas e expressão de citocinas no pulmão ou secreção de citocinas pró ou anti-inflamatórias de esplenócitos cultivados de animais infectados e reestimulados com P. aeruginosa. Foi observado uma extensão nos danos hepáticos e aumento na expressão de citocinas pró e anti- inflamatórias em grupos tratados com ivermectina e desafiados com P. aeruginosa. É possível concluir que o uso contínuo de ivermectina não acarretou maior suscetibilidade ou resistência à P. aeruginosa, apesar do efeito desse fármaco sobre a microbiota intestinal dos animais tratados.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas}, note = {Instituto de Ciências da Natureza} }