@MASTERSTHESIS{ 2021:1058610212, title = {Impacto da utilização de diferentes formas evolutivas de Trypanosoma cruzi no processo de screening de novos fármacos}, year = {2021}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1799", abstract = "T. cruzi é um parasito que apresenta em seu ciclo de vida diferentes estágios evolutivos e todos podem ser empregados em screening de moléculas tripanossomicidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da utilização das diferentes formas evolutivas de T. cruzi na determinação da atividade de produtos de origem natural e fármacos sintéticos. O estudo foi feito por meio de duas estratégias: revisão sistemática da literatura e avaliação experimental. A estratégia de busca foi feita de acordo com o PRISMA e incluiu a construção de filtros específicos para recuperação de artigos nas bases PubMed, Web of Science e Scopus. Foram extraídas de cada artigo informações sobre a cepa do parasito, protocolo experimental, fármaco(s) de referência e desfecho in vivo, quando aplicável. Foram incluídos na revisão 226 artigos completos. Os resultados mostraram um notável crescimento no número de publicações na última década, comparativamente aos outros períodos. Os resultados indicaram grande heterogeneidade relacionada à utilização de formas evolutivas, cepas do parasito e protocolos para determinação de atividade. Epimastigota foi a forma evolutiva mais frequentemente utilizada nos estudos envolvendo produtos naturais (75%), enquanto para substâncias sintéticas e semissintéticas a utilização das três formas foi similar. Foram identificadas alterações expressivas nos valores de EC-50 entre amastigotas, epimastigotas e tripomastigotas, no entanto, devido à heterogeneidade dos protocolos experimentais utilizados não foi possível mensurar o impacto da utilização de uma ou outra forma no valor translacional do screening. Para a avaliação experimental, foram utilizados dois grupos de substâncias: (i) produtos de origem natural que apresentam ou não alguma evidência de atividade anti-T. cruzi já relatada (própolis vermelha, a geoprópolis e 11 extratos de fungos endofíticos isolados a partir da planta Dalbergia ecastaphyllus); (ii) fármacos que apresentam atividade anti-T. cruzi (nitroimidazólicos e azólicos). Após estudo de toxicidade em células Vero, concentrações não tóxicas dos produtos naturais foram utilizadas para o screening da atividade tripanossomicida sobre as diferentes formas evolutivas da cepa Y. Não foi detectada atividade anti-epimastigota para nenhum produto de origem natural e azólicos, enquanto para esses mesmos grupos de moléculas níveis máximos de 50% de mortalidade sobre tripomastigotas foram observados. Perfil diferente foi observado para as amastigotas, com percentuais de inibição que variaram de 60% a 90% para as própolis e extratos de fungos endofíticos. Foram avaliadas então curvas dose-efeito sobre amastigotas para três dos extratos de fungos, além das própolis, resultando em valores de EC-50 médios similares (aproximadamente 6 μg/mL), exceto para um dos extratos, cuja EC-50 foi de 9,76±0,89 μg/mL. Em relação às moléculas de referência do grupo dos nitroimidazólicos, o nível de atividade sobre as diferentes formas evolutivas foi similar. Os dados obtidos demonstraram que a forma evolutiva do parasito, pode influenciar no perfil de resposta do parasito ao tratamento. Devido à heterogeneidade de protocolos referidos na literatura, não foi possível inferir sobre o valor translacional dos modelos utilizados na quimioterapia experimental in vitro. Nesse sentido, a harmonização das estratégias experimentais é essencial para definir estratégias de screening viáveis, reprodutíveis e selecionar de maneira mais assertiva moléculas tripanossomicidas promissoras.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas}, note = {Instituto de Ciências da Natureza} }