@MASTERSTHESIS{ 2019:2075327768, title = {Fatores associados a hemorragia intracraniana em neonatos prematuros: estudo caso-controle}, year = {2019}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1621", abstract = "A hemorragia intracraniana (HIC) é um distúrbio complexo e multifatorial, cujos principais mecanismos patogênicos são os distúrbios no fluxo sanguíneo cerebral, fragilidade inerente da vasculatura da matriz germinal e distúrbios plaquetários e de coagulação, esta afecção está relacionado a prematuridade e altas taxas de mortalidade neonatal. O objetivo do presente estudo foi verificar fatores associados com a ocorrência das Hemorragias Intracranianas em neonatos prematuros em internação em Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle exploratório, para investigar o papel de diversos fatores associados ao desenvolvimento da HIC em neonatos prematuros, abrangendo variáveis maternas e pré-natais, variáveis perinatais e variáveis neonatais. Foram estudados 150 neonatos prematuros com idade gestacional <34 semanas, submetidos ao exame de ultrassonografia transfontanelar e que estiveram internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no período de janeiro de 2014 a julho de 2017, em um hospital público no sul do estado de Minas Gerais. Foram selecionados 59 neonatos prematuros que tiveram diagnóstico de hemorragia intracraniana para o Grupo Caso, e 91 neonatos prematuros que apresentaram exame normal como Grupo Controle. Para análise univariada foi utilizado o teste de Qui-quadrado e aquelas variáveis que apresentaram p<0,05 foram inseridas no modelo de regressão logística. A medida de associação considerada foi a odds ratio (OR), com intervalo de confiança de 95% (IC95%) e nível de significância estatística de 5%. Da amostra total de 150 neonatos prematuros, 77 (51,3%) eram do sexo masculino, idade gestacional média de 30,36 ± 2,92 semanas, 1517,44 ± 597 gramas de peso ao nascimento, classificação em HIC grau I foi a mais frequente (45,8%). Na análise univariada, foram estatisticamente significativas a baixa idade gestacional (p:0,0183), baixo peso ao nascimento (p: 0,0050), necessidade de surfactante exógeno (p: 0,0004), necessidade de intubação orotraqueal (p: 0,0024) e escore APGAR inferior a seis no 5º minuto (p: 0,0053), como fatores perinatais e como fatores neonatais a necessidade de droga vasoativa (p < 0,0000), diagnósticos de Síndrome do Desconforto Respiratório (p: 0,0000), muito baixo peso ao nascer (p: 0,0016), sepse precoce (p: 0,0189), sepse tardia (p:0,0093), choque (p: 0,0024), anemia neonatal (p: 0,0183), Persistência do canal arterial (p: 0,0010), uso de suporte ventilatório invasivo (p:0,0016), oxigenioterapia (p: 0,0070), plaquetopenia (p: 0,0004). Pela análise de regressão apresentaram associação com HIC apenas as variáveis neonatais como a pontuação de Apgar 5” inferior a 6 (OR 3.92 / p: 0,0174) e necessidade de administração de surfactante (OR 3.59 / p: 0,0011), as variáveis perinatais significativas foram necessidade de droga vasoativa (OR 4.66 / p: 0,0006) e a plaquetopenia (OR 6.93 / p: 0,0040), já as variáveis maternas e pré-natais não apresentaram associação com a ocorrência de HIC. Pode-se concluir que os fatores perinatais associados a hemorragia intracraniana em neonatos prematuros foram a necessidade de administração de surfactante e pontuação no teste Apgar do 5 º minuto inferior a seis. As variáveis maternas e pré-natais não se mostraram associadas a HIC em RNPT. A necessidade de administração de drogas vasoativas e a plaquetopenia apresentaram associação com a ocorrência de HIC, quando controladas demais variáveis perinatais. Ainda, o reconhecimento desses fatores de associação torna-se importante para reforçar os critérios de escolha e as condutas terapêuticas no cuidado com o neonato, bem como no manejo, com intuito de prevenção.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação}, note = {Instituto de Ciências da Motricidade} }