@MASTERSTHESIS{ 2019:1473750507, title = {Liberalismo e tecnocracia: um estudo comparativo das políticas econômicas nos regimes autoritários do Chile (1973-1982) e da Argentina (1976-1982)}, year = {2019}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1473", abstract = "A maior parte da literatura sobre as ditaduras militares do Chile (1973-1990) e da Argentina (1976-1983) concentra-se na análise da política econômica, buscando a realização de um balanço das diversas políticas implementadas, de forma conjunta ou específica, seus instrumentos técnicos e os resultados econômicos e sociais, enfatizando que a política econômica chilena foi mais radical na aplicação dos princípios monetaristas que na experiência argentina. Por outro lado, há relativamente poucos trabalhos que integram de maneira dinâmica a análise das políticas econômicas ao papel dos economistas como tecnocratas e suas disputas. Portanto, tratando a equipe econômica como não monolítica, e observando os condicionantes políticos para a formulação e o direcionamento das políticas econômicas. Esse aspecto em conjunto com o enfoque comparativo entre os dois países, faz parte da contribuição da pesquisa. Desta forma, a dissertação visa contribuir para o preenchimento desta lacuna, que está na intersecção entre a História Econômica e a História do Pensamento Econômico, por captar a difusão das ideias econômicas e seus impactos concretos. O objetivo do trabalho é analisar comparativamente a formulação das políticas econômicas e seus resultados a partir da uma ótica interpretativa que privilegie a atuação e a participação dos economistas no governo. Para alcançar o objetivo, o método de pesquisa combinou a análise documental e revisão bibliográfica. A análise documental se concentrou primeiramente nos planos econômicos, El Ladrillo no Chile e o Programa de Expansión, Recuperación y Expansión de la Economía Argentina para a verificação das intenções iniciais, e também em declarações públicas de membros da equipe econômica no decorrer da implementação dos programas econômicos para observar suas possíveis alternâncias e conflitos. Além disso, a pesquisa se baseia em entrevistas, artigos em jornais do período, biografias e testemunhos de vários economistas para clarificar os conflitos no processo decisório. Isto é articulado com a bibliografia a respeito da participação e dos conflitos dos técnicos no governo, para balancear os limites do primeiro tipo de pesquisa. Os resultados apontam que as equipes econômicas não eram monolíticas, e tinham em seu seio intensos conflitos entre economistas e profissionais que dirigiam a economia. Os Chicago boys - que tinham maior coesão interna e foram amparados por Pinochet - através de uma série de movimentações políticas e institucionais no interior do Estado que envolveu alianças, persuasões e conflitos, lograram maior poder em relação ao caso argentino, superando resistências de determinadas frações militares, e de outros economistas e profissionais com projetos alternativos de política econômica. De outro lado, Martínez de Hoz, um advogado pragmático e autoditada em economia, se movimentou institucionalmente para tentar contornar um campo mais hostil no âmbito do processo decisório em relação aos militares, que interferiram com mais intensidade na política econômica. Porém o ministro também geria conflitos com os liberais tradicionais fora do governo e na gestão política do interior da sua equipe econômica (entre liberais tradicionais e liberais tecnocratas). Apesar do diferentes graus de implementação e blindagem social, ambas experiências de política econômica sugerem favorecimento ao setor financeiro em detrimento do setor industrial e trabalhadores.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Economia}, note = {Instituto de Ciências Sociais Aplicadas} }