@PHDTHESIS{ 2019:1610532734, title = {Tendências e fatores associados ao custo da saúde privada no Brasil: uma análise via modelo Getzen expandido para o envelhecimento da população}, year = {2019}, url = "https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1445", abstract = "O custo da saúde privada no Brasil já se tornou uma variável de destaque por sua tendência crescente, e, neste contexto, sobressai-se uma série de fatores associados a tais custos. O Modelo Getzen busca quantificar o papel de cada um dos fatores no crescimento dos custos da saúde, e consiste inicialmente na decomposição do custo da saúde nas variáveis: renda per capita real, inflação e crescimento populacional, além do crescimento residual, parcela do crescimento do custo que não é explicada pelas outras variáveis, e que, para Getzen, é sinônimo de tecnologia. O objetivo desta pesquisa é analisar a variável “custo das operadoras de saúde privada” no Brasil entre 2002 e 2017 por meio do uso da decomposição proposta por Getzen. A priori, os procedimentos da decomposição são efetuados com as componentes originais. Os resultados apontam que o crescimento residual é uma variável que se destaca como componente dos custos, superando inclusive a inflação em alguns períodos, enquanto o crescimento populacional apresentou participação pequena como componente dos gastos com saúde. No Modelo Getzen, o crescimento residual é um sinônimo de tecnologia, a qual converge para um estado estacionário no longo prazo. A partir daí, o crescimento do custo da saúde iguala-se ao crescimento do PIB per capita real mais a inflação, dado que a participação do crescimento populacional é pequena. No caso brasileiro, porém, o uso de crescimento residual como sinônimo exclusivo de tecnologia é contestável, pois outras variáveis são frequentemente citadas como fatores associados aos custos da saúde, além daquelas explícitas do Modelo Getzen. Como exemplo, cita-se o envelhecimento populacional, o risco moral e a judicialização. Este trabalho optou por propor uma nova versão do Modelo Getzen, com a inclusão de um indicador de envelhecimento como variável explícita, pela relevância que o envelhecimento possui na bibliografia e também pelo fato de que já existe um indicador aceito na literatura sobre o tema. A este modelo deu-se o nome Modelo Getzen Expandido para o Envelhecimento. Esta decomposição evidencia que a inclusão do envelhecimento reduz, de maneira geral, a magnitude do crescimento residual em comparação com o modelo original. De acordo com o novo modelo, ainda que a tecnologia convergisse no longo prazo, o envelhecimento da população continuaria elevando os custos da saúde acima do crescimento da renda per capita real e da inflação. Ressalta-se, porém, que mesmo que o envelhecimento seja agora uma variável explícita, o resíduo ainda pode possuir outros componentes além da tecnologia, que também exercem pressão sobre os custos. Como os reajustes das mensalidades da saúde privada visam refletir os custos do setor, a tendência de crescimento dos custos acima do crescimento da renda real e da inflação é refletida nos reajustes, de modo que, no longo prazo, a saúde privada tende a ser cada vez mais cara, fato que põe em risco a sustentabilidade do setor e torna imprescindível que as operadoras busquem medidas para enfrentar este cenário.", publisher = {Universidade Federal de Alfenas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Economia}, note = {Instituto de Ciências Sociais Aplicadas} }