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Tipo do documento: Dissertação
Título: Fatores associados a hemorragia intracraniana em neonatos prematuros: estudo caso-controle
Autor: SANTOS, Gabriela de Cássia 
Primeiro orientador: FARIA, Tereza Cristina Carbonari de
Primeiro membro da banca: DANAGA, Aline Roberta
Segundo membro da banca: BORGES, Juliana Bassalobre Carvalho
Resumo: A hemorragia intracraniana (HIC) é um distúrbio complexo e multifatorial, cujos principais mecanismos patogênicos são os distúrbios no fluxo sanguíneo cerebral, fragilidade inerente da vasculatura da matriz germinal e distúrbios plaquetários e de coagulação, esta afecção está relacionado a prematuridade e altas taxas de mortalidade neonatal. O objetivo do presente estudo foi verificar fatores associados com a ocorrência das Hemorragias Intracranianas em neonatos prematuros em internação em Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle exploratório, para investigar o papel de diversos fatores associados ao desenvolvimento da HIC em neonatos prematuros, abrangendo variáveis maternas e pré-natais, variáveis perinatais e variáveis neonatais. Foram estudados 150 neonatos prematuros com idade gestacional <34 semanas, submetidos ao exame de ultrassonografia transfontanelar e que estiveram internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no período de janeiro de 2014 a julho de 2017, em um hospital público no sul do estado de Minas Gerais. Foram selecionados 59 neonatos prematuros que tiveram diagnóstico de hemorragia intracraniana para o Grupo Caso, e 91 neonatos prematuros que apresentaram exame normal como Grupo Controle. Para análise univariada foi utilizado o teste de Qui-quadrado e aquelas variáveis que apresentaram p<0,05 foram inseridas no modelo de regressão logística. A medida de associação considerada foi a odds ratio (OR), com intervalo de confiança de 95% (IC95%) e nível de significância estatística de 5%. Da amostra total de 150 neonatos prematuros, 77 (51,3%) eram do sexo masculino, idade gestacional média de 30,36 ± 2,92 semanas, 1517,44 ± 597 gramas de peso ao nascimento, classificação em HIC grau I foi a mais frequente (45,8%). Na análise univariada, foram estatisticamente significativas a baixa idade gestacional (p:0,0183), baixo peso ao nascimento (p: 0,0050), necessidade de surfactante exógeno (p: 0,0004), necessidade de intubação orotraqueal (p: 0,0024) e escore APGAR inferior a seis no 5º minuto (p: 0,0053), como fatores perinatais e como fatores neonatais a necessidade de droga vasoativa (p < 0,0000), diagnósticos de Síndrome do Desconforto Respiratório (p: 0,0000), muito baixo peso ao nascer (p: 0,0016), sepse precoce (p: 0,0189), sepse tardia (p:0,0093), choque (p: 0,0024), anemia neonatal (p: 0,0183), Persistência do canal arterial (p: 0,0010), uso de suporte ventilatório invasivo (p:0,0016), oxigenioterapia (p: 0,0070), plaquetopenia (p: 0,0004). Pela análise de regressão apresentaram associação com HIC apenas as variáveis neonatais como a pontuação de Apgar 5” inferior a 6 (OR 3.92 / p: 0,0174) e necessidade de administração de surfactante (OR 3.59 / p: 0,0011), as variáveis perinatais significativas foram necessidade de droga vasoativa (OR 4.66 / p: 0,0006) e a plaquetopenia (OR 6.93 / p: 0,0040), já as variáveis maternas e pré-natais não apresentaram associação com a ocorrência de HIC. Pode-se concluir que os fatores perinatais associados a hemorragia intracraniana em neonatos prematuros foram a necessidade de administração de surfactante e pontuação no teste Apgar do 5 º minuto inferior a seis. As variáveis maternas e pré-natais não se mostraram associadas a HIC em RNPT. A necessidade de administração de drogas vasoativas e a plaquetopenia apresentaram associação com a ocorrência de HIC, quando controladas demais variáveis perinatais. Ainda, o reconhecimento desses fatores de associação torna-se importante para reforçar os critérios de escolha e as condutas terapêuticas no cuidado com o neonato, bem como no manejo, com intuito de prevenção.
Abstract: Intracranial hemorrhage (ICH) is a complex and multifactorial disorder, the main pathogenic mechanisms of which are disorders of cerebral blood flow, inherent fragility of the germinal matrix vasculature, and platelet and coagulation disorders. The aim of the present study was to verify factors associated with the occurrence of Intracranial Hemorrhages in preterm infants undergoing hospitalization in the Intensive Care Unit. This is a case-control exploratory study to investigate the role of several factors associated with the development of ICH in preterm neonates, investigated maternal and prenatal variables, perinatal variables, and neonatal variables. We studied 150 preterm infants with gestational age <34 weeks who underwent transfontanel ultrasound examination, who were admitted to the Neonatal Intensive Care Unit from January 2014 to July 2017, in a public hospital in the south of the state of Minas Gerais. We selected 59 premature neonates who had a diagnosis of intracranial hemorrhage for the Case Group and 91 preterm neonates who presented normal examination as the control group. For the univariate analysis, the chi-square test was used and those variables that presented p <0.50 were inserted into the logistic regression model. The measure of association considered was odds ratio (OR), with a 95% confidence interval (95% CI) and a statistical significance level of 5%. Of the total sample of 150 preterm infants, 77 (51.3%) were males, mean gestational age was 30.36 ± 2.92 weeks, and 1517.44 ± 597 grams at birth, HIC degree I was the most frequent (45.8%). In the univariate analysis, low gestational age (p: 0.0183), low birth weight (p: 0.0050), need for exogenous surfactant (p: 0.0004), need for orotracheal intubation (p: 0.0024), such as perinatal and (p: 0.0000), very low birth weight (p: 0.0016), early sepsis (p: 0189), late sepsis (p: (P 0.0000), neonatal anemia (p: 0.0183), Persistence of ductus arteriosus, use of invasive ventilatory support (p: 0.0016), oxygen therapy (p: 0.0070), thrombocytopenia (p: 0.0004). By regression analysis, only neonatal variables such as the Apgar Score 5 "lower than 6 (OR 3.92 / p: 0.0174) and need for surfactant administration (OR 3.59 / p: 0.0011) were associated with ICH, the significant perinatal variables (OR 4.66 / p: 0.0006) and thrombocytopenia (OR 6.93 / p: 0.0040); maternal and prenatal variables were not associated with ICH occurrence. It can be concluded that the perinatal factors associated with intracranial hemorrhage in preterm infants were the need for surfactant administration and score in the 5-minute Apgar test of less than six. Maternal and prenatal variables were not associated with ICH in PTNB. The need for administration of vasoactive drugs and thrombocytopenia were associated with the occurrence of ICH, when other perinatal variables were controlled. Moreover, the recognition of these factors of association becomes important to reinforce the criteria of choice and the therapeutic behaviors in the care with the neonate, as well as in the management, with the intention of prevention.
Palavras-chave: Hemorragias intracranianas
Epidemiologia
Recém-nascido prematuro
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Alfenas
Sigla da instituição: UNIFAL-MG
Departamento: Instituto de Ciências da Motricidade
Programa: Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação
Citação: SANTOS, Gabriela de Cássia. Fatores associados a hemorragia intracraniana em neonatos prematuros: estudo caso-controle. 2019. 45 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://bdtd.unifal-mg.edu.br:8443/handle/tede/1621
Data de defesa: 29-Mar-2019
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